Wednesday, December 21, 2005

Variedades

Ora bem! Se bem entendo voltou a não haver debate... Não consegui assistir (ainda não tinha chegado a casa), mas pelos resumos, aquilo voltou a ser um molho de ataques descabidos do velhadas e consequentemente “não deu” para discutir o país... “A Oeste nada de novo”

Em relação à problemática de “Quem matou o António?” (Who the fuck is Antonio???) Foi a coisa mais triste a que assisti nos últimos anos da TV em Portugal! Só umas questões:

1) Mas quem é que no seu perfeito juízo tenta matar alguém com 2 policias a olhar para ela?

2) Sofia Aparício... é actriz?????

3) O que raio estavam os policias a fazer numa festa de anos?? PJ’s de Portugal, roam-se de inveja! Aposto que vocês não têm direito a ir a festas para resolver homicídios! E nós a dizer mal dos detectives americanos que vão sempre a um bar de strip... EI! Espera lá! Eu prefiro isso!! Raisparta as festas do jet-set!

4) Se a Luisa é a inimiga mortal de todos... o que estava a fazer na porra da festa??

5) Relações homossexuais estão na moda!

6) Os diálogos são do pior que tenho visto em Portugal!

7) Aquele actor que fez de Tiago não sabe fazer de gajo feliz! Tem que ser mau ou estar a discutir. Vá, quanto muito a comer uma gaja boa... As manifestações de regozijo feitas por ele são...tristes.

8) A cena da mãe vir “buscar” a filha é... sei lá... estúpida!

Por tudo isto e muito mais que agora não me lembro... foi muito mau!

 
 
Quantas vezes, Amor, me tens ferido?
Quantas vezes, Razão, me tens curado?
Quão fácil de um estado a outro estado
O mortal sem querer é conduzido!
 
Tal, que em grau venerando, alto e luzido,
Como que até regia a mão do fado,
Onde o Sol, bem de todos, lhe é vedado,
Depois com ferros vis se vê cingido:
 
Para que o nosso orgulho as asas corte,
Que variedade inclui esta medida,
Este intervalo da existência à morte!
 
Travam-se gosto, e dor; sossego e lida;
É lei da natureza, é lei da sorte,
Que seja o mal e o bem matiz da vida.
 
                        Bocage

Hoje é o 200º aniversário da sua morte! Obrigado, Manuel Maria Barbosa du Bocage.

Ainda em relação à morte do pai do meu amigo... este poema tem tanto de triste como de lindo e é um dos meus favoritos...

Funeral Blues

Stop all the clocks, cut off the telephone,
Prevent the dog from barking with a juicy bone,
Silence the pianos and with muffled drum
Bring out the coffin, let the mourners come.
 
Let aeroplanes circle moaning overhead
Scribbling on the sky the message He Is Dead,
Put crepe bows round the white necks of the public doves,
Let the traffic policemen wear black cotton gloves.
 
He was my North, my South, my East and West,
My working week and my Sunday rest,
My noon, my midnight, my talk, my song;
I thought that love would last forever; I was wrong.
 
The stars are not wanted now: put out every one;
Pack up the moon and dismantle the sun;
Pour away the ocean and sweep up the wood,
For nothing now can ever come to any good.

W. H. Auden

Um grande abraço, João!

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